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Hiperadrenocorticismo ou sindrome de Cushing…

Hoje diagnosticaram Hiperadrenocorticismo ou sindrome de Cushing ao meu cão. Em que consiste exactamente esta doença?

O Hiperadrenocorticismo é uma doença endócrina muito frequente em cães. Consiste numa produção excessiva de glucocorticoides.

A sua causa por ser um tumor benigno na glândula pituitária ou uma neoplasia numa glândula adrenal.

Também está descrito o aparecimento desta doença devido à toma crónica de medicação com efeitos semelhantes aos glucocorticoides. Por este motivo, informe sempre o seu médico veterinário sobre toda a medicação crónica que o seu animal faz, inclusivé colírios e pomadas.

A sobrecarga destas hormonas a longo prazo, poderá desencadear sinais de doença, tais como:

– Beber muita água e fazer muita urina,

– Ter sempre muito apetite,

– Arfar excessivo,

– Abdomen distendido,

– Aumento de peso,

– Apatia,

– Falhas de pêlo.

Como é que esta doença vai afetar a minha vida e a do meu animal de estimação?

Esta doença é crónica e exige um bom controlo. Normalmente a medicação será para toda a vida e os controlos no médico veterinário assistente nunca devem ser esquecidos.

Um bom controlo da doença irá permitir que o animal tenha mais qualidade de vida e uma vida mais longa.

Se o animal não for medicado para esta doença estará mais suscetível de sofrer de outros problemas tais como:

– Diabetes mellitus,

– Infeções do trato urinário,

– Cálculos urinários por oxalato de cálcio,

– Hipertensão arterial.

É complicado o seu tratamento?

O tratamento mais utilizado hoje em dia, devido à sua segurança consiste na inibição dos glucocorticoides produzidos em excesso. Isto consegue-se através de medicação oral, cuja dosagem deve ser controlada periodicamente.

O meu cão iniciou hoje o tratamento para o Hiperadrenocorticismo. O que devo observar?

Dez dias após o início do tratamento o seu cão deverá beber menos água e urinar com menos frequência. Para além disso o seu apetite deve aproximar-se de valores normais, voltar a estar mais ativo e arfar menos.

Aos 2 meses e meio de tratamento deverá observar-se uma redução significativa da dilatação do abdómen bem como aumento da musculatura. Nos casos em que os animais apresentavam falhas de pêlo, nesta altura, haverá algum crescimento de novo pêlo.

Após 6 meses de tratamento a maior parte dos sinais clínicos deverá ter desaparecido ou, pelo menos, melhorado.

Não estou a observar essas melhorias. O que devo fazer?

Antes de tomar qualquer decisão, deverá consultar o seu médico veterinário assistente e expôr-lhe a situação. Por vezes torna-se difícil avaliar parâmetros tão subjetivos como a quantidade de urina produzida. No entanto, o seu médico veterinário tem acesso a métodos objetivos e exatos (análises urinárias e sanguíneas entre outros testes) para quantificar a evolução do quadro clínico.

A dose inicial da medicação, nem sempre produz os mesmos efeitos em todos os animais. Por este motivo, são necessários ajustes individuais da dose para serem atingidos os efeitos pretendidos.